sexta-feira, 2 de julho de 2010

Quando ela chegar...




Eu não sei mais chorar. Sei lá a lágrima não desce. O choro não atinge o ápice.

A alma banha-se mas a face permanece seca e os olhos áridos. Não forço, apenas espero com certa ânsia que as águas represadas libertem-se e desaguem no mar do corpo.

Nada e tudo motivam o pranto contido. O vácuo e o excesso. A luz e a treva. Tanta coisa assim como nenhuma delas.

Desaprendi ou esqueci como deixar a lágrima seguir seu curso natural, como se não fosse mais tão necessário. Mas elas virão cedo ou tarde, romperão as paredes da emoção e experimentarão a liberdade. Porque o choro do corpo é o excesso de pranto da alma.

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