Burlando as regras
Estamos constantemente criando fórmulas para que as nossas realações interpessoais sejam exitosas. Essa busca incessante pelo comportamento ideal gera equívocos e frustrações inúmeras quando o previsto não condiz com a realidade. Esquecemos que tais regras são inúteis porque os sentimentos não são estáticos, são dinâmicos e portanto variam conforme a circunstância e as pessoas envolvidas.
Vivemos a tensão de supor que certas regras são infalíveis e nos submentemos a comportamentos programados tal qual robôs. Esquecemos que o tempo que passa durante a nossa atitude cênica não voltará jamais para que possamos ser autênticos. Está intrínseco em nós a convicção absurda como regra geral que as pessoas gostam de indiferença e desprezo. Essa teoria está fundamentada no medo que sentimos da rejeição, porque não sabemos lidar com isso.
E numa atitude desesperadora seguimos teorias que nos dizem que nossos atos devem contradizer o nosso coração . Isso não parece algo extremamente controverso ? A verdade é que há sim regras, mas elas nunca funcionam . Independente do quanto você se esforce para demontrar o contrário do que está sentindo, não se esqueça: existem exceções.
Talvez você nunca ouvirá o pedido de perdão que acha que merece, ou talvez aquela pessoa especial nunca te procure , ou ainda aquela demontração , ou valorização tão almejada nunca aconteça. Mas, na dúvida, o que perderás em ser você mesmo e fazer o que teu coração te ordena ? Com o tempo aceitamos que a única fórmula perfeita é seguir o coração, não sabemos para onde ele nos conduzirá, mas é na incerteza de seu trajeto que está o segredo.