Não é uma questão de escolha
Essas sombras se materializam
Está em mim o que eu não aceito
A soberba perfeição forjada
Transitando no escuro do que desejo
A que lado eu pertenço ?
Na ponta dos pés, representando
Moldada por sonhos alheios
A realidade é tão circunstancial
O lago de águas turvas me atrai
No reflexo um rosto desconhecido
Como fugir do dualismo ?
Talvez a luz seja a projeção das trevas
Eu sou a morada da insensatez
Ingenuos gestos de impulsos dúbios
Delírio inevitável de um devaneio